A TIC não é mais uma atividade fim

Na década de 2000, eu trabalhei em alguma indústrias de Óleo e Gás. Eu era o famoso “Garoto da Informática”. AS empresas não tinham grandes infraestruturas de TIC. Eu fazia programação, suporte a usuários, configuração de servidores, etc… E, quando a empresa precisa de um investimento na TIC, eu ouvia sempre o a mesma frase: “O foco da nossa empresa não é TIC”.

As empresas tinham um mínimo de infraestrutura: uma rede simples para compartilhar arquivos e impressoras, permissões de acesso aos usuários e, no máximo, uma vpn para interligar matriz e filial.

Agora, nos tempos atuais, você consegue ver uma empresa funcionar sem TIC?

Hoje em dia, a TIC só é uma atividade fim para as empresas de produtos e serviços de TIC. Para outros ramos, a TIC é um meio. Toda a empresa tem uma infraestrutura mínima de TIC, de acordo com a necessidade do negócio. Diferente da década de 2000, que uma empresa pagava cerca de R$ 1500,00 para um link dedicado de 1mbps. Hoje, por este mesmo valor, uma empresa consegue contratar um link dedicado de 500Mbps. E, se o link dedicado não for necessário, as Ultra Banda Largas estão custando cerca de R$ 100,00 e oferecendo conexões de 120Mbps ou mais.

O acesso a internet está cada vez mais presente e acessível na vida dos colaboradores. Muitos sistemas estão em Nuvem. Na pior da hipóteses, é possível fazer um acesso externo aos sistemas de dentro da empresa.

No momento que escrevo este post, estou em afastamento social devido a pandemia do Corona Vírus. Estou em casa, conectado na VPN da empresa e fazendo Home Office. Já imaginou se isso seria possível a 15 anos atrás? Assim como eu, vários colaboradores, dos mais diversos ramos de atividade, estão fazendo Home Office. Esta pandemia está servindo para mostrar que a infraestrutura de TIC é muito flexível. E, acredito eu, que, passando esta pandemia, entraremos em uma nova era dos serviços de TIC.

Já está mais que provado que o Home Office é uma realidade e isso pode trazer enormes vantagens, tanto para a empresa, como para o trabalhador. Citarei algumas aqui:

Para a empresa:

• Redução nos custos de energia
• Redução nos atrasos para início do expediente
• Não haverá a necessidade de arcar com custos de deslocamento do colaborador
• entre outros.

Para o colaborador:

• Não terá riscos com o deslocamento entre a casa e o trabalho
• Qualidade de vida, pois terá mais contato com a família
• Poderá ser contratado em empresas de qualquer parte do mundo

É claro que não não é um utopia. Existem os contras, também. Exige uma mudança de cultura, tanto da empresa, quanto do colaborador.
Além da disciplina que, arrisco dizer, deve ser maior que o trabalho presencial. Pois existem muitas distrações que podem te fazer perder o foco e ser improdutivo.
Por isso, aqui vão algumas dicas para ajudar no foco para o Home Office:

• Antes de iniciar o expediente, se arrume, como se fosse para a empresa. Uma das ferramentas bastante usadas em Home Office é a Vídeo Conferência. Não pegará bem se você estiver de pijama, por exemplo.
• Tenha um local, em sua casa, dedicado ao Home Office. Este local será o seu escritório. Portanto, não é recomendável que o local tenha cama, televisão ou outros ítens que possam te distrair. Claro que não é uma regra. Muitas pessoas fazem, do quarto, o próprio escritório.
• Considere ter uma outra internet para o caso da sua conexão cair. Hoje em dia isso é possível com a função de compartilhamento de internet presentes nos smartphones. Trata-se de um trabalho que você usa a internet em 100% do tempo. A disponibilidade da sua internet deverá se aproximar de 100%.
• Faça o horário combinado com o seu empregador e respeite os intervalos. Lembre-se, naquele momento, você está em serviço. Não faça pausas para assistir TV, jogar, ou ir na venda da esquina. O mesmo vale para o momento que você vai pagar suas contas. Faça isso fora do seu expediente.

Repare que, independente do seu ramo de trabalho, o home office é possível. E, a TIC, é somente uma ferramenta para isso se tornar viável.

É óbvio que existem ramos de trabalho e setores que, o Home Office, não é viável. Por exemplo: Chão de fábrica, Reparos físicos, Obras, etc. Em resumo, o Home Office adapta-se ao trabalho administrativo.

Espero que este post te ajude a pensar que a TIC é necessária em qualquer ramo de atividade e, conforme o tempo vai passando, novas ferramentas surgem para automatizar trabalhos que não imaginávamos a pouco tempo atrás.

abraços a todos.